Espero por ti...
Somente por ti.
Olho a terra da estrada
Anseio o caminhar
O sorriso
nos lábios,
o doce ardor.
Inquietamente,
Sem me mover,
Espero...
Chegarás agora?
Um pouco mais com o entardecer?
Levanto os olhos
e cega-me a Ausência.
Inquietamente,
Irrevogavelmente,
Espero ainda...
foto: Vera Aldeias
3 Comments:
(...) e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade"
Al Berto
tu não sabes, mulher, que não é parada que se espera?
Por quem esperas "sem me mover"?
Quem espera apenas entregando o olhar ao fundo do horizonte
nunca irá ver nada nele a aparecer...
mas esperar por "D. sebastião quer ele venha quer não" tem tanto a ver com o ser português! sim... um dia caminharei na conquista de um qualquer horizonte, mas não hoje, quem sabe, talvez amanhã
"É p'ra amanha
Bem podias viver hoje
Porque amanha quem sabe se vais ca estar
Ai tu bem sabes como a vida foge
Mesmo que penses que esta p'ra durar"
António Variações
hihihi
Enviar um comentário
<< Home